Emoções na Gravidez
João Pedro- primeiro trimestre
Em um sábado
de agosto de 2014 (se não me engano era dia 23), estava aguardando a chegada da
minha menstruação, após um pouco mais de 30 dias sem o uso do contraceptivo.
Passaram sábado, domingo, segunda e o Fernando me atormentando dizendo que eu
estava grávida e eu super tranquila certa que era um atraso como tantos que já
tive.Na terça- feira depois de tanto ele me atormentar, resolvi comprar um
teste de farmácia. Ao chegar em casa larguei o teste no banheiro e fui fazer
outras coisas, queria que o Fernando não estivesse lá quando o teste mostrasse
a verdade sobre minha situação, mas não deu muito certo, pois ele
continuou me atormentando e lá fui eu fazer xixi no potinho (que por sinal é
muito pequeno). Assim que coloquei a fitinha no pote de xixi, sai do banheiro e o Fernando entrou para averiguar já me dando a notícia que eu estava grávida. O
Fernando perdeu a cor e o sorriso e saiu de casa me deixando sozinha, eu não
sabia se sorria, se chorava, se gritava, se sumia.
A partir
do momento em que o bebê começa a se desenvolver, um turbilhão de sentimentos
toma conta da cabeça da mulher. Alegria, medo, insegurança e ansiedade ao mesmo
tempo e em alta dosagem. Ufa! Culpa dos hormônios? Em grande parte, sim. Essa
instabilidade na cachola ocorre devido à brusca alteração dos níveis do
estrógeno, que é o responsável pelas características femininas e cujas taxas
sobem que nem foguete na gravidez - tudo para deixar o organismo da futura
mãe apto para o desenvolvimento da criança. Sem contar a progesterona, que tem
a função de adequar o útero para receber o embrião. Saber lidar com todas essas
transformações no corpo e na mente é uma árdua tarefa. Veja como reagir às
mudanças emocionais de cada trimestre e não se sinta só. Acredite: todas as
grávidas passam por isso.
As
alterações hormonais são sentidas com maior intensidade nos três primeiros
meses. É quando, bruscamente, as taxas de estrógeno e progesterona vão às
alturas e a mulher precisa lidar com a grande novidade: há um bebê se
desenvolvendo dentro dela. Isso nem sempre é sinônimo de felicidade
instantânea,
muitas
gestantes experimentam sensações incompatíveis com as esperadas pela sociedade,
o que aumenta ainda mais o nervosismo. “A mulher se sente obrigada a ficar
feliz, como se a demonstração de medo, angústia e ansiedade fosse fazer dela
uma péssima mãe”, explica Ricardo Monezi, especialista em medicina
comportamental do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal
de São Paulo.
Você tem
medo do quê?
Os sentimentos conflitantes do início da gravidez, na maioria das vezes, expressam também a insegurança em relação ao futuro. “Na primeira gestação, a mulher passa do papel de filha para o de mãe e essa mudança sempre gera ansiedade. Se for o caso de uma segunda gravidez, o medo se intensifica por cobranças do tipo: ‘Vou dar conta de duas crianças? Terei dinheiro suficiente para a educação dos dois? Meu filho mais velho vai ter ciúme?’”, enumera Ricardo Monezi. Para lidar melhor com esse período de intensa transformação física e emocional, é indispensável contar com o apoio do parceiro e da família, além de ter abertura para falar sobre suas angústias e seus temores. “Nessa fase, a gestante se sente incompreendida, sozinha. Ela normalmente faz projeções baseadas na relação que teve ou tem com sua própria mãe. Quer ser melhor ou, no mínimo, igual. É uma autocobrança enorme”, completa Monezi.
Mantenha o controle
- Contar
ou não contar a notícia sobre a gravidez antes de completar o primeiro
trimestre? Considere a opção que for mais confortável, principalmente em
relação ao trabalho. Talvez seja o caso de restringir a novidade ao seu
círculo íntimo.
- Escolha
um(a) obstetra de sua confiança. Esse especialista é um aliado tão
importante quanto o pai do bebê e a família. Anote todas as suas dúvidas
em um caderno, para não esquecer, e pergunte tudo durante a consulta. Os
esclarecimentos do médico a deixarão mais segura e, de quebra, menos
ansiosa.
- Não
hesite em procurar ajuda de um psicólogo ou psicanalista se achar que o apoio
da família e do obstetra não estão sendo suficientes. Somente esse tipo de
profissional é capaz de perceber e ajudar a resolver alguns conflitos,
mais sutis.
- Descanse.
No primeiro trimestre, a alta de progesterona pode causar sonolência
excessiva. Se puder, aproveite para cochilar depois do almoço ou mude a
rotina noturna e vá para cama mais cedo. Tentar inibir o sono de qualquer
maneira pode deixá-la ainda mais irritada.
(Fonte http://mdemulher.abril.com.br/familia/bebe/guia-de-emocoes-na-gravidez-como-lidar-com-os-sentimentos-que-surgem-em-cada-trimestre)
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