domingo, 24 de julho de 2016

ROSÉOLA INFANTIL – EXANTEMA SÚBITO

 Domingo dia 17 de julho o João Pedro teve 2 episódios de febre e como os dentes estavam saindo, achamos normal e o medicamos. Na segunda- feira observei uma pintinha vermelha em seu ombro e com o passar do dia, foi aumentando a quantidade das pintas e sua extensão. Na quarta-feira o levamos ao pediatra que o diagnosticou com roséola infantil ou exantema súbito. Ele já havia sido diagnosticado outras 2 vezes com exantema mas em uma menor proporção, o que nos deixou assustados dessa vez.

A roséola infantil, também chamada de exantema súbito, é uma virose muito comum durante a infância, que manifesta-se através de erupções cutâneas (manchas vermelhas na pele) e febre. O exantema súbito é uma infecção viral benigna, que cura-se sozinha sem necessidade de tratamento e raramente provoca complicações.   
A roséola é uma uma virose benigna, de curta duração e com baixíssima taxa de complicações. O vírus responsável na maioria dos casos é o herpesvírus humano 6 (HHV-6), um vírus da família do herpes. Porém, a roséola também pode ser provocada por outros vírus, tais como, herpesvírus humano 7 (HHV-7), alguns enterovírus (coxsackievirus A, coxsackievirus B e echovirus), adenovírus e parainfluenza tipo 1.
A roséola infantil é uma infecção típica de bebês. Cerca de 75% dos casos ocorrem em crianças entre 6 meses e 1,5 ano de idade. Meninos e meninas são acometidos com igual frequência. Ao final da infância, praticamente todo mundo já terá tido algum contato com o vírus, mesmo aqueles que se infectaram, mas não chegaram a desenvolver os sintomas da roséola. Por isso, quadros de roséola em adultos são raros.

Transmissão

A transmissão da roséola é feita habitualmente de pessoa para pessoa através do contato com secreções das vias respiratórias, principalmente pela saliva. Espirros, tosse, beijos, contato com perdigotos e brinquedos que vão à boca e são compartilhados com outras crianças são fontes potenciais de contágio.
Na maioria dos casos, os pacientes não conseguem identificar a origem da transmissão, pois esta se dá frequentemente através de indivíduos que são portadores assintomáticos do vírus. Explicando melhor: uma criança se contamina com o HHV-6, não desenvolve sintomas de roséola, mas passa vários dias sendo uma fonte de transmissão do vírus. Essa criança portadora assintomática pode passar o vírus para dezenas de outras crianças, principalmente se ela estiver frequentando uma creche. Dentre as crianças recém-infectadas, algumas irão desenvolver os sintomas da roséola, mas a maioria delas se transformará em novos portadores assintomáticos do vírus.

Sintomas da roséola infantil

Para aquele pequeno grupo que irá desenvolver sintomas, o período médio de incubação da roséola é de 10 dias. O quadro clínico inicia-se habitualmente com uma febre alta, que pode ultrapassar os 40ºC. A febre pode vir acompanhada de outros sinais e sintomas, tais como dor de ouvido, aumento dos linfonodos do pescoço, irritação, perda do apetite, nariz entupido, dor de garganta ou diarreia. Do mesmo jeito que surge subitamente, após 3 a 5 dias de temperaturas altas, a febre também vai embora rapidamente de uma hora para outra.

O sinal mais característico da roséola é o surgimento súbito de uma exantema (manchas vermelhas na pele) imediatamente após a resolução da febre, daí a doença também ser conhecida como exantema súbito. O rash da roséola não coça nem provoca dor.
O exantema da roséola inicia-se no tronco e depois espalha-se para membros e face. As lesões são habitualmente compostas por múltiplas pequenas manchas avermelhadas, de 0,5 centímetros, que podem ser planas ou com discreto relevo. O exantema dura de 1 a 2 dias, mas em alguns casos  pode durar apenas poucas horas.
A roséola cura-se espontaneamente sem provocar complicações na maioria dos casos. Em algumas crianças, porém, a febre muito alta pode desencadear episódios de crise convulsiva. Apesar de ser um quadro bastante assustador para os pais, as crises são auto-limitadas e não provocam problemas maiores na imensa maioria dos casos.
Os vírus HHV-6 e HHV-7 também podem provocar uma outra forma de rash cutâneo, conhecido como pitiríase rósea. Este rash acomete preferencialmente crianças mais velhas e adultos jovens (leia: PITIRÍASE RÓSEA – Sintomas e tratamento).

Diagnóstico da roséola infantil

Na maioria dos pacientes, a roséola é diagnosticada clinicamente, devido à sua típica apresentação de febre por 3 a 5 dias seguida de rash cutâneo em uma criança com menos de 3 anos. Antes do aparecimento do rash, é muito difícil estabelecer o diagnóstico, pois os sintomas são os mesmos que os de qualquer virose comum.
Raramente, o médico pode pedir uma sorologia, que é um exame que investiga a presença de anticorpos contra a roséola no sangue.

Tratamento da roséola infantil

A roséola é um quadro benigno e auto-limitado, e a maioria das crianças já se encontra curada dentro de uma semana após o surgimento da febre. O tratamento indicado, portanto, é apenas repouso, boa hidratação e controle da febre com analgésicos comuns.

(Fonte: http://www.mdsaude.com/2015/06/roseola-exantema-subito.html)

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